Hoje é
Domingo de manhã e talvez seja a primeira vez que você está nesta igreja. Talvez
seja só mais um dia cumprindo à risca o compromisso Dominical. Perdoe-me se por
algum motivo não lhe encontrei, se não lhe olhei nos olhos, ou simplesmente não
desejei um bom dia ou a paz. Perdoe-me se sou rápido em fazer cobranças e
julgamentos, e, vivendo religiosamente, não notei que você hoje não está em
paz.
Hoje é
Domingo de manhã e eu posso dizer que também já perdi minha paz. Eu também já
estive num lugar como esse e não consegui fazer outra coisa senão olhar o
chão ali deixar meu culto em forma de lágrimas. Foi ali que senti um misto de angústia e
liberdade, a sensação de que não devia me preocupar com outros
olhares ao não ser o de meu Deus, meu Pai. Ele não me acusou de falta de fé, não me
lembrou de quantas vezes faltei a um culto ou deixei de ler a Bíblia. Eu
precisava de paz, mas não podia encontrar pois no
fundo eu precisava ser encontrado por ela.
Hoje é
Domingo de manhã e não sabemos muito uns dos outros. Por dentro, uns estão
sorrindo, e outros chorando. Uns têm recursos de sobra, e outros pouco têm para
seus filhos ou mesmo para ofertar. Uns estão cheios de saúde, e outros sofrem
dores. Uns tem a família por perto, e outros veem seus lares se perderem. Em
nosso meio, há e sempre haverá alguém precisando de paz. Gente de carne e osso
precisando da oração que se completa com um abraço.
Hoje é
Domingo de manhã, e o que lhe preocupa? Será a música, o som, os bancos da
igreja, o ar-condicionado, a hora? Aqui nesse lugar aprendi que Deus se importa
com pessoas, e sei que hoje alguém aqui precisa de ajuda. Se não for você, seja
então um instrumento de paz na vida de alguém. Mas se o dia mau chegou sobre
sua casa, meu desejo de coração é que a paz de Deus que excede todo
entendimento lhe encontre nessa manhã. Abra seu coração e oferte a Deus o que
você tem de melhor: sua vida.