The pursuit of happiness

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Insigths #13 - O Natal do sentido

O Natal é sempre igual. Os mesmo sentimentos, as mesmas mensagens, as mesmas músicas, as mesmas mesmices. "Então é Natal, e o que você fez?", diz a mesma música de sempre. É aquela mesma pergunta que só se repetirá um ano depois. Esse "Natal" é uma tradição vazia de sentido em um mundo vazio de Deus.

O Natal em que acredito é o Natal do sentido. É Jesus que nasceu para morrer, e que, pela sua ressurreição,  trouxe a nós a possibilidade de uma vida plena de significado. Não é mais necessário carregar o pesado vazio existencial pois Ele tem água [viva] para encher o coração de quem precisar. Há sentido para a vida pois nasceu o sentido do Natal.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Insights #12 - Pense: o Logos existe

Logos: Palavra, Verbo, Razão. O início, a causa de tudo, o tudo da causa, da nossa causa. Acreditamos, não por mérito, mas por misericórdia. Cremos que Jesus é "o que era, o que é, e o que virá". Trata-se de uma pessoa que, no pleno exercício de sua liberdade, decidiu "existir" em forma de gente. Atraente em sua personalidade, sua mente induzia seus ouvintes a pensar, a amar.

Sim, eu acredito. Minha confissão é "Jesus é a razão de tudo, não a religião de todos". A sujeira dos seus pés me lembra desse Homem-Deus. Talvez, no simples ato de jogar bola descalço eu me lembre mais vezes dessa verdade, da Verdade. É só correr no chão que o Deus-Homem criou.


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Insigths #11 - Aos pés da cruz

Jesus caminhava. Seus pés estavam frequentemente doloridos e sujos de suas andanças. Sendo o "Caminho, a Verdade e a Vida", fez da via crúcis seu caminho para nossa redenção. Seus pés subiram o Calvário marcando o chão para que discípulos de todas as gerações soubessem onde encontrar esperança.

Também caminhamos. Ora firmes, Ora trôpegos, trilhamos algum caminho. Pés ágeis, por vezes cansados. Nossos pés tem suas razões, seus caminhos, e muitas vezes se apressam para fazer o mal. Uma coisa é certa: ou escolhem seguir a Cristo, ou escolhem pisar o Filho de Deus e sua cruz. É melhor que corram para Deus, que se encontrem aos pés da cruz.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Insights #10 - O jardim e templo

Deus criou um jardim para o homem. Sem paredes, apenas chão, luz, ar, árvores. O olhar de cima para baixo não era altivo; Deus não pode pensar ser mais do que realmente é pois Ele é infinito. O homem poderia deitar no vivo chão de grama sem receio de ser irreverente e contemplar os céus abertos, representação do coração aberto do Criador e de toda a sua majestade.

O homem criou um templo para Deus. Paredes, teto, chão de mármore, granito, concreto... Ironia, teve de buscar na criação algo para agradar seu Criador, afinal "Quem primeiro deu a Ele e depois recebeu"? A cúpula - literal e metafórica - fez esse homem olhar para cima em busca dAquele que estava ao seu lado. Casa de Deus não é edificada por mãos humanas. Ele ainda tem o céus como seu trono e a terra como estrado dos seus pés.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Insights #9 - A promessa, o palácio e o príncipe

Israel tinha a promessa dada por Deus de não mais ser escravo do Egito. Numa ironia do "destino", Moisés, aquele que seria rei e opressor dos hebreus veio a ser o líder desse povo no processo de libertação. O príncipe deixou o palácio em busca da promessa para o povo de Deus, contada - e quem sabe cantada - de pai para filho. Apesar de tudo, o peso da renúncia não anulou a constante rejeição de um povo de coração endurecido para com o seu líder, ou mesmo para com o seu Deus.

Isso me lembra a história de Jesus. O "príncipe da paz", que "abriu mão de sua glória [palácio celestial]", "veio para os seus que o rejeitaram". Ao pensar nessas duas histórias, posso arriscar uma leitura do nosso tempo. A promessa de Deus é a mesma: liberdade para os seus. Nós, que somos metidos a deuses, inventamos uma outra: prosperidade que nos torna príncipes e donos de palácios.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Insights #8 - Reis pobres

Jesus e Davi compartilhavam duas características: reinado e pobreza. Davi era escolhido por Deus para ser rei de Israel. Jesus foi enviado por Deus à Terra e foi chamado de "rei dos judeus". Davi era muito rico mas disse: "Inclina os teus ouvidos, ó Senhor, e responde-me, pois sou pobre e necessitado". Jesus disse: "As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça".

Jesus e Davi engrandeciam a Deus colocando nEle a satisfação de sua alma, satisfação essa que implicava em pobreza: pobreza de espírito. Não são tesouros da Terra que nos satisfazem, mas o entardecer da alma que tem saudades de Deus, mesmo que seja o início de uma noite de solidão. Aprendi hoje que os grandes se fizeram pequenos para mostrar a grandeza de Deus.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Encontrado pela paz

(Lido no culto do dia 15/04/2012 na IPB Aracruz)

Hoje é Domingo de manhã e talvez seja a primeira vez que você está nesta igreja. Talvez seja só mais um dia cumprindo à risca o compromisso Dominical. Perdoe-me se por algum motivo não lhe encontrei, se não lhe olhei nos olhos, ou simplesmente não desejei um bom dia ou a paz. Perdoe-me se sou rápido em fazer cobranças e julgamentos, e, vivendo religiosamente, não notei que você hoje não está em paz.

Hoje é Domingo de manhã e eu posso dizer que também já perdi minha paz. Eu também já estive num lugar como esse e não consegui fazer outra coisa senão olhar o chão ali deixar meu culto em forma de lágrimas. Foi ali que senti um misto de angústia e liberdade, a sensação de que não devia me preocupar com outros olhares ao não ser o de meu Deus, meu Pai. Ele não me acusou de falta de fé, não me lembrou de quantas vezes faltei a um culto ou deixei de ler a Bíblia. Eu precisava de paz, mas não podia encontrar pois no fundo eu precisava ser encontrado por ela.

Hoje é Domingo de manhã e não sabemos muito uns dos outros. Por dentro, uns estão sorrindo, e outros chorando. Uns têm recursos de sobra, e outros pouco têm para seus filhos ou mesmo para ofertar. Uns estão cheios de saúde, e outros sofrem dores. Uns tem a família por perto, e outros veem seus lares se perderem. Em nosso meio, há e sempre haverá alguém precisando de paz. Gente de carne e osso precisando da oração que se completa com um abraço.

Hoje é Domingo de manhã, e o que lhe preocupa? Será a música, o som, os bancos da igreja, o ar-condicionado, a hora? Aqui nesse lugar aprendi que Deus se importa com pessoas, e sei que hoje alguém aqui precisa de ajuda. Se não for você, seja então um instrumento de paz na vida de alguém. Mas se o dia mau chegou sobre sua casa, meu desejo de coração é que a paz de Deus que excede todo entendimento lhe encontre nessa manhã. Abra seu coração e oferte a Deus o que você tem de melhor: sua vida.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Insights #7 - Paz, Paixão e Páscoa

Hoje pensei sobre Paz. Não aquela estereotipada em paisagens bucólicas ou aves brancas. Não a que nasce de certezas absolutas, de contas abastadas ou casas apaineladas. Simplesmente pensei na Paz que tem sua origem no sofrimento sacrificial que se chama Paixão.

Hoje pensei sobre a Páscoa. Percebi que Jesus tanto amou que dedicou sua vida e sua morte para termos Paz com Deus. Paixão é o sofrimento de Cristo. Paz é a reconciliação com o Eterno que traz esperança e força para o dia mal. Páscoa é festejar Paz que nasce da Paixão de Cristo.

domingo, 4 de março de 2012

Insights #6 - O Deus que confia

Um dos significados da palavra confiar é "entregar aos cuidados, à fidelidade de alguém". Jesus, Filho de Deus, com toda sua capacidade, viveu essa tensão do confiar ao entregar aos seus discípulos a missão que ele pessoalmente coordenou: crescer e multiplicar a quantidade de discípulos.

Confiança é mais que nobreza: é força e atitude. Para fazer discípulos é necessário ser um como Cristo e o Pai eram e são, é necessário amor. Ao pensar nisso, parece-me que muitas das obrigações que julgamos serem exclusivas de Deus foram delegadas a todos que viriam a crer em Jesus: consolar, curar, amar, fortalecer, etc. Em resumo, o Deus que confia espera muito mais de nós.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Entre o desejo e o fato

Se desejo fosse fato, de fato, eu não erraria tanto. Não precisaria de tantos pequenos recomeços.
Não seria de ânimo dobre, antes seria excelente e constante em tudo que fizesse. Sonharia menos e realizaria mais. Menos promessas, mais ações...

Se desejo fosse fato, farto estaria de justiça e em mim não haveria erro. Não tentaria parecer mais aceitável a Deus e aos meus. Minha boa e suficiente vontade seria realidade e eu não teria do que me envergonhar. Mas sou falho, falho, canso, erro, repito o erro, canso, canso...

Mas se a pena ainda escreve, é porque o Livro ainda inspira: sei que não estou só na História.

Se desejo fosse fato, Paulo - o apóstolo - não seria o pior dos pecadores. E ainda que os religiosos o considerem um santo, fico com a humildade desse homem.

Se desejo fosse fato, o bem (quem eu tanto desejo) seria feito e o mal (que aborreço) evitado.

Se o fato se resumisse ao desejo, o retrato seria de todo trágico. Mas - e ainda bem que existe um "mas" - a Palavra se fez carne e habitou entre nós. Somos desses que andam cansados, sobrecarregados e aflitos, os que acreditam que o fato consumado traz a esperança do alívio para toda dor.

Ainda existe o desejo, e ele se torna fato quando o meu pesado e carregado fardo é deixado  nas mão de Deus.

Para todos os que precisam, abraços,

ThiagoPX