The pursuit of happiness

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Insights #5 - De(u)sconhecido

John Newton, ex-capitão de escravos, foi o letrista do hino Maravilhosa Graça. A melodia do hino era cantada por escravos, mas seu autor é desconhecido. Isso me fez lembrar o "Deus desconhecido" que Paulo esclareceu aos gregos.

Jó conhecia Deus de ouvir falar, mas Deus sabia quem era (seu servo) Jó. Isso é o que importa. Não precisamos ser (re)conhecidos. Deus sabe quem somos e nos chama pelo nome. Ele sabe cada uma das nossas músicas "sem autoria", inclusive aquelas que nem ganharam letra.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Insights #4 - Quando olhar para o céu...

Certo um dia um homem olhou o céu e falou para Deus: "o que é o homem para que dele te lembres?". Ao contemplar a grandeza e beleza da criação muitas vezes nos percebemos pequenos, "coisificados". Deixamos de ser "quem" para ser "o que".

Quando for assim, devemos nos lembrar que bem antes Deus falou ao homem: "olhe o céu, as estrelas e as tente contar. Assim será tua descedência." A grandeza das estrelas não deve ser parâmetro de comparação, mas uma lembrança do que Deus quer fazer por nós.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Insights #3 - A vergonha de Deus

A morte de cruz foi instituída no séc. I para expor a vergonha dos piores malfeitores. Segundo o terapeuta John Bradshaw, vergonha é uma "emoção que nos deixa saber que somos finitos". Jesus escolheu tomar nossa vergonha na cruz. E para fazer isso, ele precisava se tornar finito, homem.

Ser cristão é carregar uma cruz assumindo que somos a razão pela qual Cristo sofreu. É não ter a cruz de Cristo como motivo de vergonha, mas como consequência dos nossos pecados.

sábado, 20 de agosto de 2011

Insights #2 - Imagine se nem cruz houvesse..

Para uns é um absurdo a existência de Deus. Pensar que esse Deus se tornou humano parece um absurdo ainda maior. Vivo um "absurdo" maior: creio no Deus-homem que foi obediente até a morte de cruz. Mais do que salvação, Ele queria e quer que sejamos um.

"Pisamos na cruz", ainda que com remorso, vivendo no plano das intrigas e divisões em vez realizar planos maiores. Se agimos assim, se somos assim, imagine se nem cruz houvesse...

Insights #1 - Ser cristão é ser inconformado

Pensando na cicatrização do meu braço, pensei em como o corpo humano é inconformado. Ele não foi criado para haver ferimentos. Antes, numa luta constante, ele busca a regeneração, e regeneração é gerar de novo, é usar suas forças para mudar uma situação contrária.

Jesus não se conformava com injustiça social, religiosidade, falta de amor ou superficilidade nos relacionamentos. E você? O que te deixa inconformado? Não deixe morrer, alimente isso!

sábado, 4 de junho de 2011

Som e sentido (FEST ART - Aracruz)

Passos não contados na direção do nada. Ruídos, repetições, ruídos, repetições,... Muito movimento, pouca dança. Muito som, pouca música. Sons de cinza, tons desafinados... Vidas vazias, arte sem coração. Arte sem coração não tem sentido e faz sentir que a vida é como uma corrida, e corrida contra si mesmo: não há vencedor. Apenas vaidade, vaidade...

Mas ao longe ouvimos sons, vemos sonhos... Em passos musicais, acordes maiores de dança trazem a mudança que tanto esperamos ver. Vem o dia, e já chegou, em que toda arte será realmente de pura beleza e leveza para a alma, em que, em todo canto, nosso canto trará consigo sinais de alegria, paz e justiça social. Arte do que é bom, do que é dom do Eterno para o corpo, alma e espírito.

Transportados do tempo para a eternidade, somos inspirados nesse momento para oferecer o melhor das nossas melodias, harmonias, ritmos, cores, gestos, palavras e rimas. Que o espetáculo divirta, surpreenda, emocione, e alivie a dor de quem chora. Que o silêncio nos mova e que os sons nos aquietem. Que ao tocar da música, sejamos um só coração, uma só geração, que conhece e reconhece o amor do Pai.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mesa no campo

Viver em paz, plantar livros e amigos [Zé Rodrix]. Uma casa no campo. Nessa casa, um belo jardim e uma mesa grande e farta, plantas e pessoas convivendo em paz [Gladir Cabral]. Uma mesa... Lugar de encontro, pessoas tão diferentes umas das outras, porém todas iguais em seu valor, braços dados ou não [Geraldo Vandré]. A mesa é plana, coloca todos no mesmo nível.

É nesse contexto além-religião que entendo que uma mesa pode aproximar as pessoas: a "mesa da arte". Na verdadeira arte não há música gospel, cristã ou secular, mas apenas música boa ou ruim [Jorge Camargo]. A Igreja, que deveria ser um conjunto de pessoas que se reúne para o bem, insiste em manter um papel de juiz fabricando "santos" e apartando "profanos", os dignos e os indignos.

Eu quero uma mesa no campo. Viver em paz com todos, mesmo sabendo que cada um enxerga da sua própria janela lateral [Telo Borges]. Conviver sem receio de ser recriminado e discriminado. Uma mesa com Gladir, Vandré, Milton Nascimento, João Alexandre, Lenine, Ivan Lins, Jorge Camargo, Gerson Borges (e outros Borges - Lô, Telo), etc.. Quem sabe assim não damos mais sentido à vida?

Abraços! [ThiagoPX]

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Amor pela fé

A sentença sempre veio fácil: "Deus me ama". Sendo Deus amor, como não amaria? Como não me amaria? Deus é amor! Essa é a essência da mensagem de Jesus, ou melhor, essa é a matéria que o constitui. Toda elaboração filosófica a respeito de quem somos e todos os conceitos teológicos, por mais complexos que sejam, devem estar fundamentados no Deus que é amor.

Essa é a religião que verdadeiramente deveria nos atrair. Um Deus que nos aceita apesar de nós. E, de fato, a biografia de Jesus nos convence facilmente disso. Os conflitos surgem do atrito com a vida, com as situações de sofrimento que nos fazem desconfiar desse amor. Para mim é fácil imaginar Deus como amor na pessoa de Jesus sofrendo o que deveria ser o meu sofrimento. Mas quando sofro, fica mais difícil acreditar no amor, e sendo o amor o fundamento da minha fé, ela se abala nesses momentos.

Apesar disso, nós cristãos temos inúmeras explicações para o sofrimento humano. Mas as respostas que obtemos não anulam os fatos, como diz o Pr. Ed René Kivitz. O intelecto parece estar convencido, mas as emoções gritam o contrário. Clamamos por respostas mas sinto que nosso maior anseio é por sentido, por algo que nos impulsione a superar nossas dificuldades.

O apóstolo Paulo diz que "...Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores." Ele não fala que Deus eliminou o mal da Terra, mas que Deus, sendo amor e sendo puro, se envolve com os pecadores. Nossos maus momentos não anulam o amor de Deus, e se fica difícil sentir esse amor, devemos ter fé que ele é real pois sabemos que Cristo morreu por nós.

A grande virtude da fé não é eliminar as montanhas da nossa frente, mas nos lançar em Deus acreditando que existe amor e esse amor não nos desampara. Gente de fé ouve o amor no mais absoluto silêncio de Deus.

Abraços,
ThiagoPX

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Escrever ou não escrever?

Um dia desses estava assistindo o Manhattan Connection, programa aparentemente interessante, exceto pelos egos mais do que inflados. Achei interessante a discussão sobre o narcisismo virtual que nos acomete. O Orkut que o diga. Fotos e mais fotos de plena beleza e alegria. Eu sou assim também, mas tenho tentado me controlar.

O que me tirou do sério foi a crítica contra as inúmeras pessoas que utilizam de meios como blog para expor suas opiniões, "...como se alguém fosse se interessar". Eles achavam ridículo o número de pessoas que davam seus pitacos sobre a existência, sentido da vida, etc. Concordo que há uma tendência narcisista de bancar "o filósofo", mas ainda prefiro isso a pensar que as pessoas deixam de lado questões básicas da vida como "quem eu sou", "de onde vim", "para onde vou" ou "por que existo".

As baboseiras escritas não me preocupam tanto quanto a falta de reflexão ou a falta de consideração para quem ousa opinar sobre a vida. Eu acho muito interessante o processo de escrita. Temos ideias e opiniões para o presente momento que pensamos estar consolidadas. Após certo tempo de publicar um texto, questionamos se realmente fomos nós quem escreveu. O estilo e as palavras soam cafonas, as ideias pueris e chegamos a pensar quão inocentes e simplistas fomos diante de temas complicados. Por vezes parecemos tão seguros sobre o que falamos até percebermos nossa pequenez. Mas é nesse processo de escrita e releitura que sentimos o quanto mudamos. Passamos a nos conhecer melhor, a evitar cair nos mesmo erros, a rir de bobagens que postamos e também treinamos nosso senso crítico. E ainda existem pessoas que querem nos tirar esse prazer de publicar nossos devaneios. Pobres adultos...

Eu continuarei a escrever ainda que não haja público. Serei fiel a mim, ao que penso, sinto, creio e sou, afinal não existem profissionais em viver. Farei o que gosto de fazer. Vou transformar pensamentos em palavras para tornar leve a mente. Vou criar, errar, criticar a mim mesmo, rir um pouco e evoluir. Acho que essas coisas dão mais sentido à vida do que apresentar programas de televisão (narcisistas, por sinal).

Abraços,

Thiago PX