The pursuit of happiness

domingo, 28 de setembro de 2008

Coincidências ( Parte 1): o poder desconhecido

Começo minhas palavras dando uma de chato. Mesmo não sendo especialista em lingüistica ou algo do gênero, acho de muito mau gosto atribuir à palavra coincidência o sentido de acaso. Embora alguns dicionários - senão todos - tragam esse significado, eu penso - mesmo correndo o risco de estar totalmente equivocado - que coincidências são simplesmente fatos que ocorrem simultaneamente ou se sucedem em um curto espaço de tempo. Se tais fatos têm um propósito definido ou são apenas frutos do acaso já é uma outra história.

Essa divagação introduz um fato curioso ocorrido ontem, dia 27/09/08. Passei boa parte do meu dia gravando um vídeo para um projeto musical de férias (será postado no blog após edição), em que eu tocava 'Eu sei que vou te amar' no meu violão. Depois de inúmeras tentativas, consegui algum resultado. Quando minha paciência esgotou-se, deixei o violão de lado e fiquei pensando... Será que o Vinícius e o Tom tinham idéia do que viria a representar essa canção? Imagino que eles devem ter trabalhado bastante até alcançar algo em que eles enxergassem dignidade, beleza e completude. Mas o que parece um fim, na verdade se torna um começo pois essa música ainda teria de chegar aos ouvidos das pessoas. Será que dava para imaginar o que aconteceria? Será que o público aprovaria? Ou seria uma música qualquer? Esse é o drama do poder desconhecido... Agora, em pleno ano 2008, tento mensurar quantas pessoas já declararam seu amor ao compasso dessa canção.

Nessa linha de pensamento, lembrei-me da palestra da Márcia Suzuki (Usina 21 - www.usina21.com.br). Ela comentou que "nós não tínhamos idéia do impacto que um jovem que aceitasse o desafio de Deus poderia causar na sociedade". Sei que "desafio de Deus" talvez soe de forma abstrata e religiosa para muitos, mas peço compreensão e um exercício de imaginação da sua parte! Após encerrar o período de gravação, estive tocando com um amigo em uma Igreja Cristã Árabe em São Paulo. Lá, para minha surpresa, vieram as coincidências em forma de provérbios:

"O homem que toca o tambor não tem idéia até onde o som chegará."

Provérbio Congolês

Os tocadores de tambor no Congo, na África enviam suas notícias ao entardecer, pois o som se propaga mais facilmente e as pessoas podem pensar sobre as notícias ao entardecer. A mensagem enviada através do tambor chega a certa vila, e então, é retransmitida à outra. Assim, ela é repassada de vila em vila e os tocadores, não tem idéia até onde o som chegará...

Infelizmente não lembro muito bem do outro, até porque a pessoa que o proferiu não o recitou muito bem. Era algo do tipo: "Quem olha apenas a nascente não pode imaginar a grandeza de um rio".

Que coincidências tais provérbios com meus pensamentos altos da tarde! Ouvi-los me fez um bem... Conclui de tudo isso que preciso valorizar os humildes começos dos meus empreendimentos [1], quaisquer que sejam eles. Também preciso ser grato e fiel a Deus no pouco que tenho [2] e acreditar que posso enfrentar qualquer dificuldade se estiver ao lado dAquele que me fortalece [3] .

A última lição que tiro de hoje tem a ver com a imagem tema desse blog. Um pequeno objeto, como, por exemplo, uma pedrinha, pode parecer insignificante. Mas, se lançado sobre a água, é capaz de pertubá-la a ponto de provocar ondas. Se quero mudanças ao meu redor, não preciso me tornar grande, mas apenas ser lançado por Aquele que é o maior de todos. À Ele, toda minha admiração, tudo o que sou e o que tenho, por menor que eu seja e por tão pouco que eu tenha.

ThiagoPX

[1] Livro do Profeta Zacarias (Zc. 4:10 - BÍBLIA).
[2] Evangelho de Mateus (Mt. 25:23 -
BÍBLIA).
[3] Carta de Paulo para os Filipenses (Fp. 4:13 - BÍBLIA).

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Os extremos do Gondim

Brotam milhares de idéias para um próximo texto, mas, aos milhões, brotam
outras tarefas que me impedem de escrevê-lo nesse final de semana.
Entre um texto mal pensado e o lamento do vazio, prefiro indicar o texto "Meus extremos" do Ricardo Gondim:

http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=68&sg=0&id=1986

Ouvi de alguém (desconheço a fonte) que "o maior fanático é aquele que não tem dúvidas." Esse assunto me intriga, mas não dá para escrever muito agora. Queria destacar essa frase:

"As dúvidas não me abalam, mas as certezas me confundem."

Sou cristão desde garoto, mas ainda carrego muitas dúvidas, algumas delas carregarei enquanto viver. Para alguns, isso revela apenas minha ignorância. Não refuto tal pensamento, mas não consigo deixar de pensar que minhas incertezas são evidências da infinitude do meu Criador...

sábado, 20 de setembro de 2008

Feliz ano novo! Mas em setembro?

Você deve estar imaginando que o cara que escreve esse blog bateu a cabeça muito forte ou talvez se converteu à alguma religião oriental e agora está utilizando um calendário alternativo. É fato que 'de louco, todo mundo tem um pouco' , mas ainda não cheguei ao ponto de confundir datas importantes do ano. Quanto à outra possibilidade, confesso que luto para não restringir meu relacionamento com Deus 'às paredes de uma religião' [1], e, embora me esforce para viver pelo Deus da Bíblia, não adotei um calendário judáico. Mas a dúvida do 'ano novo' continua...

Não é novidade para ninguém que é no início do ano (salvo algumas exceções) que vivemos a euforia de planos e sonhos, traçamos metas e somos mais otimistas, alegres e amigáveis. Até compramos agenda que caem rapidamente no desuso e assim, a vida segue um um ritmo alucinante. Para os que tem férias no meio do ano, existe um alívio momentâneo para repensar o ano, para o resto é 'vamos viver e ver no que é que dá'.

2008 tem sido um ano diferente para mim. Pela primeira vez registrei por escrito algumas metas para o ano. E o mais incrível é que quase 90% delas já se concretizaram. Isso é surpreendente, pois, para ser honesto, constância e organização nunca foi uma característica minha.

O que tem me ajudado é que, mesmo que por impulso não há um dia sequer que eu não pense nesses objetivos. Hoje mesmo, enquanto limpava o quarto e lavava as roupas, reli sobre meus planos para o corrente ano. Em meio as dificuldades, o exercício de relembrar aonde quero chegar me traz esperança [2].

Mas creio que o que de mais importante tem me acontecido tem a ver com uma grande decisão: viver e mostrar Deus em todas as minhas atividade da forma como eu sou. Como diz a canção, 'Na rua, no trabalho, na escola, na loja, na padaria, no posto, na rodovia, na congregação' [1]. Renego qualquer filosofia que afirma que devemos ter um 'lado espiritual' para obter uma vida melhor e abraço a integridade, o princípio do tudo o que sou, em todo o tempo e lugar para o grande 'EU SOU' [3]. Jesus não é parte de mim, mas 'tudo em todos' [4] e meus planos são dirigidos nessa convicção.

Esse tem sido meu ano novo. Não preciso esperar 365 dias. Também não é necessária a queima de fogos, roupas brancas e as famosas promessas inviávieis que em algum momento trarão a culpa do dever não cumprido. Prefiro a simplicidade dos dias, o examinar a mim mesmo e o arrependimento dos meus erros. Eu te convido para festejar o simples passar de cada dia, a celebrar o que parece ordinário, mas é um presente de Deus: a vida e as pessoas.

Feliz setembro novo!

[1] Coração de pedra - João Alexandre

[2] Livro de Lamentações de Jeremias 3:21 (Bíblia sagrada)

[3] Forma como Deus se referia a si mesmo, como por exemplo no livro que narra o Êxodo do povo hebreu do Egito para a Terra Prometida.

[4] Carta de Paulo aos Colossenses 3:11 (Bíblia sagrada)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Usinando idéias...

Bom, para começar, queria divulgar esse link do evento chamado Usina 21, ocorrido do último sábado, 13 de setembro:

http://www.usina21.com.br/novo/pagina.asp?id=273

Estive com alguns amigos nesse evento aprendendo um pouco sobre Liderança para jovens e sobre um Missão Integral. Ainda estou juntando algumas peças para compor um texto sobre esse último tema, mas enquanto não o faço, gostaria de deixar essa paráfrase de Tiago 1:27 citada por Márcia Suzuki na ocasião:

“A fé verdadeira, aquela que Deus espera de nós, é a que estende a mão ao órfão, aos excluídos, e não se conforma com o mundo.”

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Curiosidade 1: nome do blog!

Pensanso alto... Alguém que pensa alto, pensa que só pensa, mas o que pensa, todos tomam conhecimento.

Mas pode ser alguém que pensa em chegar onde jamais sequer pensou chegar. Não há limites para gente assim.

Talvez, alguém que pensa alto é alguém que "pensa nas coisas de cima (do alto)[1]". Existem um 'alguém' acima de todos os outros 'alguéns', ou seja, é um ser exaltado que é digno de toda minha consideração.

Não previ tantos significados ao pensar no nome deste espaço de confluência de idéias, mas acho que todos eles valem!

Fui!

[1] Carta de Paulo aos Colossenses.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Revolução da Consciência

Gosto de perguntar, de me expôr em dúvidas, de pensar e de fazer pensar. Nos últimos anos tenho aprendido que se quero boas respostas devo fazer boas perguntas e não muitas. Ultimamente, a maioria das minhas perguntas tem sido dirigida a ninguém mais, ninguém menos que a mim mesmo.

Ao ingressar na faculdade tive problemas com um professor por causa das minhas incontáveis perguntas. Apesar de, ainda hoje, não concordar com muitas de suas atitudes, reconheço o valor de uma grande e oculta lição. Grande pelos seus efeitos e oculta porque não foram necessárias palavras. A lição, se expressa em palavras, seria algo como: "Você não precisa de que eu te dê todas essas respostas, mas de aprender como e onde buscá-las."

Chamo isso de processo de desenvolvimento da minha consciência. A luta contra a ânsia pelas soluções rápidas, fáceis e superficiais. A descoberta do que sou e em que(m) tenho me transformado. A percepção de que faço parte das minhas próprias indagações. Veja bem, não estou me colocando como um ser plenamente consciente, mas como alguém que tem buscado desenvolver essa virtude.

Recentemente, ouvi sobre a necessidade de trabalharmos por uma transformação na nossa cultura. Aliás, palavras como revolução, geração e transformação me deixam em êxtase, pronto para mudar o mundo. Quero fazer! Penso na aplicação dos conceitos apresentados sem antes consultar em que estado me encontro. A solução antes da compreensão... Procuro seguidores com a mesma visão, elaboro (ou tento) um projeto, corro atrás de recursos, de movimento, de barulho, de qualquer coisa que alivie a culpa gerada pela minha inatividade. Mas, quanto tempo isso vai durar? Dias? Semanas? Triste constatação... Não houve mudança da minha consciência ou naquilo que sou, não me deixei ser transformado; compulsão talvez... fui levado a fazer qualquer coisa por qualquer motivo. Resolvi deliberadamente não questionar minhas motivações e o preço a ser pago para produzir as mudanças propostas.

Realizar é preciso! Eu creio que, aos poucos, tenho participado mais ativamente da vida de algumas pessoas e contribuído para o crescimento delas. Tenho esperança de fazer muito mais pela sociedade. Mas não posso deixar de pensar no que Paulo escreve sobre transformação da mente [1]. Perserverança é resultado de uma mente transformada!

No último domingo ouvi sobre responsabilidade ambiental em uma igreja. Tenho algumas idéias sobre o assunto, mas a primeira deve ser a mudança dos meus padrões de consumo, bastante inadequados por sinal.

Concluo meu pensamento alto encorajando todos para as ações, mas ações de dentro para fora, geradas pela consciência de quem somos, por quem vivemos, existimos e nos movemos [2]. Quero ser tomado por essa consciência e ser um agente de transformação na sociedade e da sociedade. Que o movimento comece dentro de mim, que seja coração, mente e espírito unidos por uma transformação pessoal, sincera e perserverante.

[1] Carta de Paulo para cristãos em Roma - Romanos 12:2 (BÍBLIA)
[2] Atos dos apóstolos - Atos 17:28 (BÍBLIA)